O que é Apneia do Sono?
É um transtorno comum e potencialmente grave em que a pessoa deixa de respirar diversas vezes durante a noite devido ao relaxamento dos músculos da garganta durante o sono, o que acaba obstruindo as vias respiratórias e impedindo a respiração adequada.
Fatores como obesidade, amígdalas aumentadas, alterações craniofaciais e a circunferência do pescoço podem levar à Apneia Obstrutiva do Sono.
Sobre a Apneia do Sono
A apneia obstrutiva do sono atinge cerca de 40% dos homens e 20% das mulheres de meia idade. A maioria das pessoas que sofrem de apneia não buscam diagnóstico e tratamento.
Tipos de Apneia do Sono
- Apneia Obstrutiva do Sono (AOS):
É o tipo mais comum de Apneia do Sono, correspondendo a mais de 80% dos diagnósticos. Na maioria dos casos, o ar não consegue chegar aos pulmões devidos a alguma obstrução nas vias respiratórias superiores, ou seja, nariz ou garganta.
Alguns fatores de risco para esse tipo de Apneia do Sono são: obesidade, amígdalas inflamadas ou aumentadas, peso e/ou circunferência do pescoço, formato do nariz, pescoço ou mandíbula, entre outros.
- Apneia Central do Sono (ACS):
É causada por insuficiência cardíaca ou alguma doença ou lesão relacionada ao cérebro, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumor cerebral, infecção viral no cérebro ou doença respiratória crônica.
Em alguns casos de Apneia Central do Sono, as vias respiratórias superiores estão abertas, mas o ar não consegue chegar ao pulmão porque não há comunicação entre o cérebro e o corpo, o que acaba interrompendo a ação automática de respiração.
- Apneia Mista do Sono:
É o tipo menos comum de Apneia do Sono. É quando o paciente tem uma obstrução das vias respiratórias superiores (Apneia Obstrutiva) e, ao mesmo tempo, não há esforço respiratório (Apneia Central).
Sintomas da Apneia do Sono
A apneia se caracteriza por ruídos e interrupções repetidas durante o sono. Algumas vezes, a pessoa sofre engasgos. Através dessas pequenas pausas, diminuem a entrada de ar nos pulmões e, assim, a concentração de oxigênio no sangue. Isso provoca consequências mais sérias, como aumento no batimento cardíaco e o desenvolvimento de hipertensão e arritmia cardíaca.
Apneia do Sono e acidentes de trânsito
Estudos mostram que a chance de sofrer um acidente automobilístico é duas vezes maior em motoristas que possuem Apneia Obstrutiva do Sono. Como a pessoa acorda várias vezes para respirar durante a noite em decorrência da Apneia, ela acaba dormindo mal e sentindo muito cansaço no dia seguinte, correndo risco de cochilar no volante. De acordo com estatísticas da Associação Brasileira do Sono (Absono), o sono e o cansaço são responsáveis por 20% dos acidentes de trânsito no Brasil.
Desde 2008, a legislação de trânsito brasileira prevê que o motorista que renovar, adicionar uma nova categoria ou mudar sua carteira de habilitação para as categorias C (caminhões pequenos), D (vans e peruas) e E (ônibus e caminhões de grande porte) devem passar por uma avaliação que identifica aqueles com maior risco para a apneia.
É importante lembrar que os acidentes automobilísticos não ocorrem apenas por conta da apneia obstrutiva do sono, mas também por causa de outros distúrbios do sono, como insônia e narcolepsia, que podem causar fadiga ou sonolência incapacitante.
Como tratar a Apneia do Sono?
A apneia pode ser prevenida com controle do peso corporal, estilo de vida saudável e alimentação equilibrada, e a cirurgia pode ajudar a tratar o problema.
A cirurgia para Apneia do Sono é a Faringoplastia Lateral-expansiva, técnica que combina dois procedimentos: a Faringoplastia Lateral e a de Expansão. Este procedimento remodela a faringe estreita e modifica as funções dos músculos da garganta, diminuindo o colapso das vias aéreas superiores.
A faringe desses pacientes é mais colapsável, tanto estruturalmente quanto funcionalmente, e a Faringoplastia Lateral-expansiva reduz o estreitamento das vias aéreas superiores removendo os tecidos moles do espaço faríngeo ou mobilizando os ossos adjacentes para aumentar a via aérea e melhorar a respiração.